E não é que esse
sem vergonha é tirado a surfista, entrava no mar era jogado fora, retornava e
outra vez atiçado bem longe, mas teimoso como era se infiltrou num barco de
pesca e lá se foi para alto mar.
Eram dias
perdidos no oceano nem podia esquiar nem podia conversar o medo de ser jogado
na água era bem maior e a monotonia começava a dominar aquele esquilo
espertalhão, mas nem tudo estava perdido e lá se foi o sem vergonha deitado na
proa tomando sol, quando ouve uma voz grave gritando:
--Hei seu
vagabundo você nunca desiste, pois bem se pensas que vai curtir a viagem como
se fosse férias engana-se... Venha já trabalhar ou te jogo na boca dos
tubarões...
Tremendo de medo
o bicho seguiu o capitão que o levou direto para a cozinha, onde ordenou que
fizesse tudo que o cozinheiro ordenasse.
E num vai e vem
de tarefas o esquilo se empanturrava de tanto comer, era um lambe de dedos que
deixava o cozinheiro irritado.
No belo
entardecer avermelhado, o esquilo todo folgado sobe na proa e avista milhares
de baleias no meio do mar e se meteu numa roupa de nadador e lá foi ele ver de
perto as monstruosas coisas que jogavam agua em esguichos,
Já escurecia
quando resolveu retornar para o barco e qual é a surpresa o capitão o esperava
bufando de raiva e segurando-lhe pelas orelhas levou até o salão onde gritou em
brandos: você seu pivete desobediente vai ficar preso em correntes até retornarmos
para casa assim nunca mais entra de penetra em barcos de pescadores. Passavam
horas, dias e nada dele conseguir desembarcar numa ilha onde pudesse ficar e
esquiar sem que ninguém atrapalhasse e num solavanco estrondoso o barco
encalhou numa pedra e foi uma correria, pega caixa daqui corre e salva coisas
de lá e ele ali acorrentado gritando sem ninguém querer ajudar, o barco iria
afundar e todos já entravam num bote deixando o pobre do esquilo ali amarrado.
--Socorro!
Socorro! Gritava já sentindo a agua tomar o barco, perdendo as forças de se
esguelhar para ser salvo ele desmaia e quando acorda está no meio da vegetação
todo ensopado, levanta assustado olha de lado olha do outro e não ver que havia
salvado...
Só sabia que se
conseguisse retornar para casa nunca mais se metia a ser sufista...
E assim aprendeu
a lição que lugar de animal não é se meter a gente nem querer competir com as artimanhas do homem nem com a
fúria do mar...
Nenhum comentário:
Postar um comentário