quinta-feira, 27 de março de 2025

JUCA


Enfrentava obstáculos
Com dificuldade em aprender
Os colegas o ignorava
Juca não conseguia entender.

A mãe procurou ajuda
Ele sofria de déficite de atenção
Desenvolvido na infância
Atrasando sua educação.

Reduzindo a sua capacidade
De ler ou escrever
Assim Juca não entendia
O que poderia lhe acontecer.

Tendo baixo desempenho
Tinha problemas de sensibilidade
Atrapalhando o seu emocional
Juca perdia a felicidade.

O TDH, tem sua forma de ser
Juca precisa de tratamento
Com apoio da família
Melhora o seu desenvolvimento.
Irá Rodrigues.

DILEMA DE UM LIVRO


Numa estante empoeirada
Um pobre livro reclamava
Andava insatisfeito
Nada mais lhe animava
Aquele cheiro de mofo
Não mais aguentava.
Ao ver um menininho
No tapete, brincando
O livro pediu socorro
O menino foi se aproximando
Novamente ouviu, socorro
Ficou atento observando.

Salve- Salve-me, dizia o livro
O menino parou por um instante
Apenas livros empoeirados
Jogados naquele estante
Pensando, pensando
Mas que voz irritante.

Tira-me daqui, estou sufocado
Quem é você? Apareça
Gritou o menino curioso
E antes que eu me esqueça
Você grita tão triste
Já estou com dor de cabeça.

Retira-me desse sufoco
Sou um pobre livrinho
Tenho histórias lindas
Sinta um pouco de carinho
O menino pegou o livro
Você é bom menininho.

Não fui escrito para viver preso
Eu falo da amizade
Preciso ser folheado
Ouvir risos de felicidade
Nas mãos das crianças
Por você terei sempre lealdade
Irá Rodrigues.

DIA DO CIRCO


27 de março foi criado
É o dia da alegria
Homenagear o circo
Onde constrói a magia
É hora de aproveitar
Vista sua fantasia.

Tem o palhacinho Engraçado
Venha dar gargalhadas
tem a mulher barbada
Com suas trapalhadas
Ainda vai se fartar
Com pipocas carameladas.

Atenção criançadas
Presta bem atenção
Grita o palhaço Zarolho
Hoje tem diversão
Do cê vai cair balão
Com a melhor animação.

Olha que espetáculo
Vem caindo o palhaço
No ar dando piruetas
Amarrado com um laço
Em homenagem ao circo
Deixo aqui o meu abraço.

Irá Rodrigues.

DESAFORO DO JACARÉ


O sapo todo exibido
Foi desafiar o jacaré
Que começou a cantar:
O sapo não lava o pé.

Não seja desaforado
Deixe de ser invejoso
Vivendo assim sozinho
Você é muito rancoroso.

Moro num belo lago
Tomo banho todo dia
Uso sabão e perfume
Disse o sapo com alegria.

Se quiser venha cheirar
Me banho pela manhã
Sou um sapo limpinho
Meu cheiro é de hortelã.

Irá Rodrigues.

O MACACO SETEMBRINO


Pelo homem foi capturado
Levado para uma aldeia
No meio do deserto
Onde só tinha areia
O macaco lutava
Pra escupulir da cadeia.

Lembrava da floresta
Ali, nem água pra beber
era muita judiação
Passava horas sem comer
Olhava o céu pedia a Deus
Que começasse a chover.

Sem saber o seu destino
Sem ter grande certeza
O homem ambicioso
Só pensava em riqueza
Chorava se lembrando
Da vida na natureza.

Era muita judiação
Ficar ali enjaulado
Sem saber o motivo
Assim tão maltratado
Torrando embaixo do Sol
Numa jaula abandonado.

O macaco gritava
Sofrendo com a crueldade
Enquanto os bebiam
Sem pensar na maldade
Mas Deus seria por ele
Com toda a sua bondade.

Não sabia por quanto tempo
Vivendo naquela agonia
Quando de repente
Surgiu uma ventania
A jaula foi levada
Acabou-se a tirania.

Eram as mãos de Deus
Lhe dando a liberdade
Quando despertou
Encontrou a felicidade
Estava a caminho de casa
Respirou com tranquilidade.

Irá Rodrigues.

ATENÇÃO


Em toda escola tem
O aluno que é autista
Escola e família juntas
Deixando mais otimista
Mostra que não está só
Estão juntos na conquista.

Tem abraços de acolhida
Muito carinho sem problema
Aula lúdica que beleza
Tem história no cinema
Com amor fica mais fácil
Não precisa de dilema.

Atenção aos pais e professores
Se alguém desrespeitar
O autista tem direito
Caso precise cobrar
Não tenha medo da verdade
São vocês que podem ajudar.

Se a criança recebe apoio
E bom acompanhamento
Terá sempre melhorias
No seu desenvolvimento
Lembrando que é preciso
Acesso ao tratamento.

Ele tem todo direito
Com a interatividade
O contato com colegas
Na hora da atividade
Isso é muito importante
E lhe traz tranquilidade.

Trabalhar o desenvolvimento
Com terapia multidisciplinares
É uma grande conquista
Elimina suas dificuldades
É preciso saber respeitar
Às suas necessidades.

O fortalecer laço efetivos
Não use da persistência
Ande no tempo dele
Tenha muita paciência
Ensina uma coisa por vez
Não adianta a insistência.

Irá Rodrigues.

FORMIGA JOSEFIN


Cedinho sai a formiga
Apressada para trabalhar
Seguida pelo exercito
Nada para atrapalhar.

Josefina não se cansa
Precisa armazenar comida
E quando o inverno chegar
Fica cedo recolhida.

Josefina nasceu na roça
É muito disciplinada
O trabalho é sua luta
Só descansa na madrugada.
Irá Rodrigues
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sexta-feira, 21 de março de 2025

DESCOBERTA

  


 

Era uma dessas ruas onde moravam muitas crianças, todas eram amigas, se começava uma aventura a turminha logo se animava. Certo dia ouviram um velho falar que no final do bairro, bem pertinho da floresta onde passava um riachinho tinha uma casa assombrada, há muitos anos suspeitavam de que ali moravam uma família que foram escorraçadas deixando para traz uma filha que por ser muito feia era considerada uma bruxa.

As crianças ao ouvir aquela história se reuniram atrás da capelinha e combinaram que iriam investigar aquele mistério onde diziam que ninguém até hoje teve coragem de passar perto. Como era segunda-feira teriam que ir à escola e ainda fazer as tarefas de casa, então combinaram que seria no sábado logo de manhãzinha. Antes das oito da manhã engoliram o café e se encontraram no mesmo local onde realizavam as suas reuniões. Os mais corajosos seguiam na frente levando apenas água.

- Como vamos entrar se a casa estiver trancada? Perguntou Zezinho o mais medroso de todos.

- Isso não é problema, já planejamos tudo ontem à noite, aqui está o nosso melhor guia: Falou alisando a cabeça do seu fiel amigo o cachorro vira-lata.

Os outros seguiam o líder Marquinhos que era o maior e mais corajoso do grupo.

Ao chegarem na porteira em frente à casa, perceberam que estava com um cadeado já enferrujado, então, resolveram passar por entre os arames que se encontravam quebrados em um ponto da cerca.

Ao chegar do outro lado o mato estava alto, seguiram por um caminho estreito que dava bem ao lado de uma porta com vegetação encobrindo.

De repente todos pararam, o medo fez com se arrepiassem, as pernas começaram a tremer, o pobre do cachorro se encolheu nas pernas do dono. Quando ouviram um estalo do outro lado da porta, nem esperaram para saber do que se tratava, foi uma correria que só pararam quando estavam sentados na pracinha com o corpo tremendo e um palmo de língua de fora.

Por muitos dias não voltaram a falar daquela aventura. Mas quem afirma que eles irão desistir?

 

 

Autoria- Irá Rodrigues




DONA ONÇA

 


 

Resolveu se mudar para uma floresta do outro lado das montanhas, ao chegar viu que era um paraíso, logo cedinho saiu em busca de um lugar onde pudesse construir a sua casa, pretendia criar uma família bem longe dos perigos.

Oba! Encontrei o local ideal, irei limpar, cortar cipós e levantar minha casa com madeiras, cobrirei com folhagens assim a noite poderei olhar as estrelas, pensou dona onça toda animada.

E assim, com toda coragem começou a construção, as paredes fez de taipa, a água era bem ao lado onde corria um riachinho, as madeiras e folhagens não precisou andar muito para conseguir.

Na frente deixou uma porta larga e duas janelas, nos fundos apenas uma janela onde poderia ver o alto da montanha.

A casa estava pronta, hora de colocar os móveis. Uma cama grande feita de troncos de bambu, uma mesa e um uma rede tecida com cipó.

Certo dia, enquanto dormia tranquila em sua rede, apareceu um atrevido macaco dizendo:

- A partir de hoje resolvi morar aqui com dona onça. Vem aí um pé de vento, quem estiver desabrigado será levado sei lá para onde.

Dona onça deu um salto.

- Que história é essa? Trabalhei sozinha, não vou aceitar você seu macaco atrevido ocupando o meu espaço.

O macaco, no entanto, se mostrando valentão retrucou: Preciso de um lugar seguro ou serei levado pelo pé de vento. A floresta é de todos, a senhora é forasteira, ou me aceita ou iremos destruir sua casa e expulsar da nossa floresta. Gritou o macaco furioso.

Dona onça, temendo a fúria do macaco disse:

- Tudo bem, ajudarei a levantar outra casa, eu fico na minha, você na sua. O macaco muito malandro e preguiçoso deitou-se na rede e ordenou que dona onça fizesse todo o trabalho.

Dona onça, estava cansada e com medo de que o macaco chamasse seu grupo e destruísse a sua casa, estava com tanto medo, saiu na carreira deixando o macaco sendo o dono da sua casa.

O macaco sem vergonha além de ocupar a casa da onça, ainda amedrontava a pobre fazendo com que fugisse para outra região.

 Irá Rodrigues...

 

 

 

UMA COR PARA CADA SENTIMENTO

 


 

De branco bordo a paz

O amor e esperança

Pinto de dourado

Meu sonho de criança.

 

De amarelo pinto meus dias

De azul a amizade

Das cores das estrelas

A nossa felicidade.

 

De rosa pinto meus sonhos

De verde o amanhecer

Colorido pinto as flores

De laranja, o entardecer.

 

De vermelho faço arremates

De sonhos e fantasias

Em cada sentimento

Bordo cores de poesias.

 

 Irá Rodrigues

LILICO O RATINHO GULOSO

 


 

O ratinho Lilico era muito guloso, tudo que encontrava, comia depressa sem ao menos descansar.

Dona ratinha sua mãe, sempre alertava:

-            Não seja tão afobado, uma hora dessas vai se engasgar com a sua própria gula.

O malandrinho do ratinho nunca ouvia os conselhos da sua mãe e continuava com as suas aventuras.

 

Certo dia, o ratinho foi ao parque. Era domingo, estava cheio de crianças;

-            Oba! Onde tem criança, têm muitas gostosuras: Pipoca, biscoitos, queijos e bombons. Pensou o ratinho salivando.

 

Ao ver pedaços de queijos bem ao seu lado, o ratinho não resistiu, afobado como era, não parava para mastigar e com toda a sua gula devorou e ainda lambeu os farelos.

 

Irá Rodrigues

NO JARDIM

 

 


 

O beija -flor

Baila sem pressa

Espalha amor.

 

 

As abelhinhas

Sugam o néctar

Satisfeitas

Batem as asinhas.

 

Com o mais puro mel

Enchem o baldinho

Pinta a colmeia com seu pincel.

 

Sai vagando

Na tarde primaveril

As belas flores

Vai sugando.


Irá  Rodrigues

 

 

AMIZADE

 

 


 

É como flor

Sendo abraçada

Pelas borboletas.

É como café quentinho

Com bolo de fubá.


É um abraço apertado

Deixando a gente contente

Trazendo no coração

Aquele abrigo

Nos deixando tranquilo.


É sabor de chocolate

Ternura de um cafuné

É sentir aquela leveza

Na troca de palavras.

 

 

Autoria- Irá Rodrigues

 

A BRISA

 


 

Voa feito passarinho

Vira ventania

Pousa faz redemoinho

Bagunça gravetos

Na beirada do caminho.

 

Sobe em árvores

Bagunça as folhas

Derruba raminhos

Que protegem os ninhos.

 

Mergulha no lago

Faz acrobacia

Espanta os peixinhos

Ah! Que folia.

 

Autoria- Irá Rodrigues

 

JUCA

Enfrentava obstáculos Com dificuldade em aprender Os colegas o ignorava Juca não conseguia entender. A mãe procurou ajuda Ele sofria de défi...