A FESTA DA FLORESTA
Aproximando o Natal
A arvore estava
armada
A animação era
grande
Em toda a bicharada
A união era
perfeita
A ceia foi
preparada.
Todos começam a
chegar
Entra dona coelha
Vestido branco
felpudo
Com uma bolsa
vermelha
Flores na cabeça
E brincos na
orelha.
A tartaruga como
sempre
Só chega atrasada
Passou dia se
arrumando
É mesmo uma coitada
Dormiu pelo caminho
Coitada da lerdada.
A banda era
organizada
Pelo tatu e o porco
espinho
Tamanduá no pandeiro
O canto era do
passarinho
O grilo não era bem
vindo
Saiu dali de
fininho.
Autoria- Irá
Rodrigues
O BAILE
Certa vez aconteceu
Um baile lá na
floresta
Quando chegou a
formiga
Com uma estrela na
testa
Querendo naquela
noite
Ser a rainha da
festa.
Lá pra meia noite
O urubu chegou
apressado
Foi antes fazer
faxina
Estava muito
cansado
Vestia uma calça
branca
E o paletó
quadriculado.
O gambá não foi
convidado
Mesmo assim
apareceu
Soltou um pum fedorento
E dali correndo se
escafedeu
Com medo do macaco
No telhado se
escondeu.
O rato muito guloso
Foi dá uma espiada
Destampou a panela
Justo da feijoada
No feijão quente
caiu
Ficou de canela
esticada.
Autora-Irá
Rodrigues
O PORQUINHO COMILÃO
O porco era conhecido
Como gorducho
comilão
Tudo que achava
comia
Não fazia digestão
Já pesava umas
arrobas
Era mesmo um porco
sem noção.
Guloso nada
sobrava
Com toda a sua
ganância
Comia e se
lambuzava
Era muita
extravagância
Nada sobrava aos
irmãos
Sem estilo e
ignorância.
Quando colocavam a
tigela
Era o primeiro a
aparecer
Com aquela barriga
grande
Tudo queria comer
Ele era fora do
comum
E não parava de
crescer.
Autora-Irá
Rodrigues
O GALO DESTRAMBELHADO
Tabaréu foi pra cidade
Achou que lá podia cantar
Do jeito que era na roça
Que podia se esguelhar
O coitado se deu mal
Foi obrigado a se calar.
Com seu topete emplumado
Acordava de manhãzinha
Ficava impaciente
Cutucava a galinha
Que no seu cocoricó
Despertava a vizinha.
Sem dar corda no despertador
O galo muito triste dizia
Quero voltar pra roça
Preciso despertar o dia
Essa é a minha função
Perdi a minha alegria.
Nem vontade sentia
De sair do seu poleiro
Sentia tanta saudade
De ciscar pelo terreiro
Melhor ficar por ali
E dormir o tempo inteiro.
Até as penas perdiam a cor
Não usava sua espora
A crista andava caída
Não saia mais lá fora
Vida de galo era na roça
E resolveu ir embora.
Autora- Irá Rodrigues
TUDO ACONTECE NA NATUREZA
O pobre já é desdentado
Todo metido a valentão
Se acha dono do pedaço
Ao rosnar é uma gozação
Quando chega o Totó
Ele perde sua posição.
Já não chove faz dias
Até o açude secou
O sapo entristecido
Bem cedo viajou
Foi morar no rio
E nunca mais voltou.
Era seca pra todo
lado
O urubu marcou viagem
Sairia sem destino
Buscando outra
paragem
Nas costas levou o
saco
Com toda a sua
bagagem.
A tartaruga lerdada
Sem ter outra solução
Andava pela estrada
Em busca de proteção
Quando viu o coelho
Correndo sem o
calção.
Balançou a cabeça e seguiu
Logo ficou assombrada
A pobre da pardoca
Pelo gavião foi
atacada
Sem nenhuma compaixão
A bichinha foi
devorada.
Pra alegria da coruja
E de toda a bicharada
O céu logo escureceu
Armou uma trovoada
A floresta se alegrou
Quando caiu a
chuvarada.
Autora- Irá Rodrigues
BATE PAPO
DOS AMIGUINHOS
Fica o
macaco pensando
Se o homem
acabar a floresta
Árvores e
rios vão morrer
Não haverá mais festa
E para todos
os moradores
Fugir daqui
é o que resta.
O sabiá
triste falou
E se isso
acontecer
Coitado dos
passarinhos
Onde vamos
viver
Aqui somos
felizes
Deus vai nos
proteger.
Com tanta
maldade assim
E se acabar
com as flores
Não haverá
borboletas
Viveremos os
horrores
A floresta
fica triste
Se perder as
suas cores.
Autoria- Irá
Rodrigues