GIRAFINHA ZILÁ
Todos os bichos do zoológico estavam curiosos pela chegada da menina girafa, no meio da tarde era um espichar de pescoço nas grades das jaulas um olhar cobiçado do alto das árvores, um alvoroço total quando pelo portão principal entrou a garota mais elegante com seu pescoço longo e pernas esbeltas, desinibida ela cumprimentava todos enviava um sorriso, pegava uma folha no alto e seguia.
- Como
ela é alta e elegante! Exclamou o hipopótamo com olhar lânguido..
O macaco
que nada dizia e a tudo observava soltou uma gargalhada: - Até você seu
gorducho se derretendo por essa girafa desengonçada? Oras vá mergulhar em sua
água suja e pare de ser meloso.
No dia
seguinte a girafinha acordou entediada relembrando da sua vida livre na
floresta. Ali era muito minúsculo não poderia mais correr livre sentindo o
vento batendo em seu rosto.
Sentiu
saudades dos seus pais dos seus irmãos, ali teria que viver sozinha entre tantos outros bichos diferentes cada um
em seu espaço.
O GATO TRAVESSO
Fiapo, visivelmente
apressado não demorou mais de dez
minutos para se aprontar.
Parecia com pressa para
chegar a algum lugar e, rodando sobre os pés saiu quase a correr. Passou pela
cozinha e pegando um pedaço de pão, olhou a velha cozinheira e indagou:
- Bartira você já viu um
ovo de jacaré?
Ora, ora! – resmungou a
velha, conheço tão bem assim como sei que está aprontando alguma travessura.
Fiapo abriu a capanga que
trazia no ombro e mostrou todo animado. Era como exibisse um tesouro.
- menino cuide logo de
colocar isso lá na beira do lago antes que a mamãe jacaroa sinta sua falta e venha buscar...
Fiapo olhou espantado, -
como ela vai saber que fui eu que peguei seu ovo?
Ora. Ora! - ela sente pelo seu cheiro – Leva isso logo menino olha o que digo. – ralhou a boa velha
O RESTO EU DEIXO VOCÊ
ESCREVER...
Uma minhoquinha anda tranquilamente quando o pavor a
entristece, retirada do seu solo fresquinho foi parar enfiada na ponta de um
anzol, jogada no lago lá se foi ela com certeza não voltaria mais ao seu solo
querido. De repente depara com peixes esfomeados que olhavam com olhos
esbugalhados prontos a devorá-la.
Não sabem que a sua maldade voltará contra ele, xi... Num
pulo abocanhou a minhoquinha e logo é lançado para fora se debatendo com o
anzol preso em sua guelra.
Na barriga do peixe ela tentava falar, mas o peixe não
lhe ouvia.
- Se não fosse à ambição os dois estariam vivinhos e
felizes.. Bom eu creio que não, mas ele com certeza. Pensou triste a
minhoquinha.
OS ESQUILOS
Do outro lado do rio, vivia uma família de
esquilos, o pai a mãe e dois filhotinhos,
era uma região muito seca quase não chovia, muitas árvores e poucas sementes para se
alimentarem, havia também muitos animais selvagens por isso eram obrigados a
deixarem os filhotes presos em casa enquanto atravessavam o rio até a floresta
encantada para colherem sementes.
Certo dia ao atravessarem a ponte foram surpreendido
pelo macaco que ansioso viera avisar que humanos se aproximavam para derrubada
das árvores e que logo estariam no chão com o
fogo lambendo tudo e deixando o local devastado e o solo coberto de
carvão..
Os esquilos desesperados choravam, precisavam
salvar seus filhotes que estavam presos em casa protegidos de animais.
O macaco prontamente se ofereceu para ir junto
resgatar os pequenos esquilinhos, os
esquilos não tinha nada a fazer e concordaram
enquanto isso caminhões se aproximavam cada vez mais rápido, ou corriam
ou não salvariam seus filhotinhos.
As árvores começavam a tombar pelos dentes da
motosserra, a correria foi grande mas conseguiram resgatar todos em segurança,
juntos seguiram para a floresta encantada em busca de abrigo e proteção...
GASTÃO
Um
jumento que vivia em bom pasto de uma grande fazenda, nada fazia passava o dia
rindo e debochando dos burros que morriam trabalhando na fazenda vizinha,
Uma
manhã passava pela estrada um jumento velho cansado e triste por ter sido
abandonado na estrada.
-
Olá o que você tem com essa tristeza?
-
O jumento velho parou olhou de lado e respondeu:
-
Posso saber qual é seu interesse, logo você que só sabe humilhar os pobres
trabalhadores, que culpa eu tenho se
você nasceu rico com vida boa.
-
Só queria ajudar seu velho.
-
Fique ai com sua riqueza, nunca trabalhou só sabe debochar dos outros.
E
assim lá se foi o jumento velho triste e cabisbaixo, trabalhou a vida inteira e
na velhice é abandonado..
Moral
da história mais vale uma velhice digna que a juventude sem respeito...
A CURIOSIDADE
Uma confusão formou-se na pracinha, todos os bichos correram para
saber do acontecido, os mais altos
tomavam a frente, os menores espichavam o pescoço e ficavam na ponta do pé para
entender toda aquele alvoroço.
- Com certeza pegaram o bode, ele andava encurralando as cabras da
vizinhança gritava a girafa com seu pescoço comprido, e nem por isso conseguia
saber do ocorrido. Não arredo o pescoço desse espaço até conseguir saber de
tudo, Concluiu cheia de curiosidade.
Cresce a confusão e todos se acotovelavam, era empurrão daqui esbarrão
de lá todos se cocando de curiosidade.
- Vamos colaborar! Gritava o macaco, vejam pisaram na velha tartaruga e
a pobre da raposa desmaiou.
- Pobre que nada! A raposa é uma assanhada fingida, não é desmaio é
fingimento. Corram joguem água, - gritou a arara.
A raposa que não gostava de tomar banho levantou num salto se sacudindo
e cuidou de fugir dali.
No final todos cansados
foram se retirando a noite chegou a
praça ficou vazia e até hoje tentam saber o motivo daquela confusão...
Autoria- Irá Rodrigues
http://iraazevedo.blogspot.com.br/2017/09/a-curiosidade.html
A lagartixa diferente
Zazá era uma lagartixa diferente de todas as outras vivia revoltada e não se conformava com a sua cor amarelada enquanto todas as outras
eram cinzas escuras ou claras.
Zazá achava que ao nascer
derramaram um balde de tinta em seu corpo ou pensava que não pertencia aquela
raça. – Será que sou filha de algum monstro? Será que vou crescer tanto e ficar
maior que as montanhas?
Se todos são iguais apenas eu
preciso ser tão feia com essa cor desbotada, meus olhos são da cor da minha
pele tudo amarelo. Pensava triste a
lagartixa.
Os pais de Zazá não sabiam mais o que fazer para convencer a filha de
que era igual apenas a cor era diferente e com certeza em algum lugar viviam
outras assim como ela, mas a lagartixa amarela ficava cada vez mais
revoltada, cada centímetro que crescia
sua cor ficava mais amarelada, já não olhava no espelho das águas nem sua
sombra nas paredes, se encontrasse um balde de tinta entraria nele até que a
sua cor ficasse igual a de todas as outras lagartixas que conhecia.- Pensava
aborrecida.
- Se foi Deus que criou todas as lagartixas iguais, por que a única
diferente teria que ser eu e justamente essa cor amarelada? Lamentava-se na
beirada de um penhasco quando se aproximaram varias lagartixas de cores
diferentes a que ela conhecia, tinha listradinho de preto e branco, outros verdes
claro e escuro e finalmente uma enorme amarela igual a sua cor.
- Agora já sabe que a sua revolta era pura bobagem, existem várias cores
e tamanhos da nossa raça, até os gigantes capazes de nos engolir de uma só vez.
Disse a maior lagartixa de cor verde.
Envergonhada Zazá prometeu nunca mais reclamar da sua cor diferente,
pois agora sabia que muitas outras eram iguais e com certeza pertencia à mesma
família. Daquele dia em diante a lagartixa amarela desfilava se exibindo da sua
cor diferente, o que causava revolta agora era motivo de orgulho.
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