Lá no sitio do senhor José bem no alto da colina, onde até o vento pede
licença para passar tudo que acontece é de conhecimento sem escapar nem se quer
uma formiguinha cortando folhas sem permissão.
Uma manhã quando andando pelo pomar seu José viu de longe uma coisa
estranhas, era um casulo tão grande que mais parecia abrigo de um gigante e não
de uma pobre lagarta. Olhou admirado e
resolveu que era preciso olhar de bem pertinho para avaliar o tamanho da borboleta que despertaria dali. E assim
todos as manhãs e as tardinhas ele ia
observar, analisar as mudanças, mas tudo continuava igual.
Uma semana depois o dia amanheceu chovendo fazia um pouco de frio, seu
José acordou mais tarde que de costume, lembrou-se do casulo, correu pegou uma
capa se protegeu e correu até o pomar.
O casulo tinha se rompido, mas onde foi parar a borboleta gigante?
Assim curioso ele se perguntava.
Olhou em todas as árvores, em todas as flores, quando desanimado resolveu
voltar quando ao virar viu a mais linda borboleta num tronco tentando bater as
asas para voar, mas ela não conseguia, seu José até pensou em ir ajuda-la, mas
resolveu ficar mais um tempo observando o papel da natureza e sabia que aquela vitória era apenas dela. A
borboleta continuava lutando e ele só sairia dali quando ela conseguisse. Horas
e horas de luta sem desistir, finalmente foi o mais lindo espetáculo, a
borboleta ficou na ponta dos pés, empinou as antenas, abriu suas longas asas e
bateu voando pelo jardim até sumir entre as flores no meio da chuva que caia.
Seu José encantado com aquela beleza correu para casa onde contaria
aquela linda história.
Autoria- Irá Rodrigues
Nenhum comentário:
Postar um comentário