Esquecido numa casa abandonada
lamentava-se um cofrinho, tristinho.
As moedinhas queriam sair, mas como se
ele coitado nada poderia fazer, vivia largado naquela casa, nem sabia mais
contar os dias. Lamentava-se...
- Tantas moedinhas circulando de bolsa
em bolsa, de gaveta em gaveta, até nas lojas luxuosas vão parar, Oh! Vida! Essa
nossa vivendo nesse cofrinho que nem sai do lugar, tristes sofredoras presas nessa solidão... Ajudem-nos – Assim
reclamavam as moedinhas inconformadas.
- Eu queria cair de algum bolso, ser
achada por uma criança e sentir o brilho em seus olhinhos gritando de
felicidade. – Olhem eu achei uma
moedinha, vou colocar em meu cofrinho. Não cofrinho nunca mais. Melhor: Vou
comprar um pirulito.. Lamentou a moedinha de 50 cinquenta centavos..
- Oras!, Oras!. Disse outra moedinha. Lá vem você falar de cofrinho, nem me fale mais nesse
nome sinto alergia,- Oh vida!. Se um dia ficar livre nunca mais quero ver um
cofrinho em minha frente.
- Parem de se mexerem ai dentro, estou
cansado de tantas lamentações, pior eu sou obrigado a proteger vocês. –
Explodiu o cofrinho inconformado...
As moedinhas silenciaram por alguns
minutos:
- Acho que o cofrinho está mesmo triste e precisa de animação. Disse uma
das moedinhas.
- Verdade nós estamos prisioneiras, nada
podemos fazer até que alguém encontre o cofrinho. Coitado! O cofrinho está
mesmo triste precisamos inventar alguma coisa para deixar animadinho. Concluiu
a moedinha.
Assim todas as moedinhas começaram a
pular batendo nas paredes do cofrinho.
- O que acham que estão fazendo? Estou
ficando tonto parem com esse sacolejo. Parem! Gritou o cofrinho...
- Já sei vamos dar um passeio gritou a
moedinha de 10 centavos a menorzinha de todas.
Os olhinhos do cofrinho brilharam,
mas logo se desanimou entristecido.
Suspirando ele disse:
- Não precisa querer animar, estamos
prisioneiros de um quarto escuro sem moveis sem mais nada apenas as paredes e
uma porta aberta e muito longe para alcançar.. Só sairemos daqui se um dia
algum moleque desse bem curioso resolver entrar nessa casa abandonada para
bisbilhotar. Eu Já perdi o tempo em que estamos nessa solidão. Suspirou o
cofrinho.
- Nem tudo está perdido, vamos nos
sacudir aqui dentro o cofrinho tomba e pode rolar pelo quarto assim não
ficaremos paradas, Quem sabe alcançamos a porta e podemos sair por ai sentir o calorzinho e a
luz do sol.. Concluiu uma moedinha...
- Sabe, eu deveria até ficar feliz com as ideias
malucas de vocês, mas nada que inventarem dará certo. Exclamou o cofrinho na
maior tristeza. Ai que tristeza...
As moedinhas inconformadas começaram a
pular, pular, o cofrinho reclamava, reclamava, as moedinhas tentaram, tentaram,
depois de tanto sacolejo virou saiu rolando, rolando, as moedinhas gritavam
felizes, enfim estavam se movimentando,
A alegria era tanta que nem perceberam
que o cofrinho também estava muito feliz e sorridente.
E pelo quarto rolava, rolava naquele
sacolejo uma das moedinhas foi jogada longe.
Mas por onde anda o nosso amigo
cofrinho?
Agora precisamos da ajuda das crianças
que gostam da gente, disse a moedinha. Eu estou sozinha e com medo, preciso encontrar meu amigo
cofrinho e as minhas amiguinhas,
Criançada ajude a encontrar o cofrinho,
estou sozinha e com medo. Olha disse a moedinha.
Você ai levante a bunda da cadeira e
procure o cofrinho.. Aponta para uma criança
Tomara que o cofrinho seja encontrado
por uma criança bem legal e que vá cuidar muito bem dele. Sabe ele sente muita
fome e precisa ser bem alimentado...
A moedinha que escapuliu implorava; Por
favor! Procurem o meu amigo cofrinho, as minhas irmãzinhas estão presas e pode
está em perigo. Eu quero voltar para o cofrinho. Lamentou a moedinha.
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