Passando deparei com aquela cena
Parei e tentei falar com os pais
Um casal que nada fazia, pois nada
tinha para fazer,
Na janela desconfiados apareciam
Rostos sujos se escondiam sem nada
saber...
Pobreza por que tanta pobreza?
Nos rostinhos exalando a tristeza
No corpo tamanha fraqueza
As vestes implorando socorro...
Quando perguntei como viviam
A mãe dizia tristemente
Ao acordar um vazio sem fim
À noite o sono não vem à barriga
ronca...
O pai lamenta chorando - desabafa
É triste ver meus filhos de fome definhando
Por um pedaço de pão implorando
Por aqui ninguém faz nada...
Isso não é tão longe fica bem no
agreste
No sertão onde só aparece gente
Nas vésperas da eleição
Nunca tinha visto algo nessa
situação...
Implorei aos céus- indaguei
Deus! Por que tanta pobreza?
E continuei a viagem sem mais nada
dizer
Nem ao menos ter o que fazer...
Será que não sabem dessa situação
Ou só enxergam a sua razão
Nunca havia passado nessa região
Que só tem o solo seco, cacto e desilusão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário