quarta-feira, 13 de agosto de 2025

A MALANDRINHA

 

 


 

A ratinha Fifi, com seus pelos marrons, seus olhos verdes e narizinho arrebitado, era uma verdadeira malandrinha.

Todos os demais ratos da redondeza queriam brincar e ser amigos da Fifi, mas ela os esnobava, só aceitava quem desejasse ser amigos de verdade.

Certo dia, sentia fome, se achando refinada, procurou a casa mais rica, ao entrar na cozinha, viu um enorme pedaço de queijo, escalando a perna da cadeira pulou na mesa, comeu até se fartar, quando se preparava para tirar uma soneca, um enorme gato apareceu, ao ver a malandrinha correu para avisar a velha empregada que apareceu com uma vassoura pronta para acertar a pobre da ratinha. O rato Beto, entrou no momento, passou correndo para atrair a atenção da velha, assim a malandrinha poderia fugir, o gato, muito do fofoqueiro, pensou em avisar da sua presença, o rato mais que depressa deu-lhe uma mordida na perna do gato que gritava de dor, pulou a janela com miados fortes, a velha para socorrer seu amigo, soltou a vassoura, enquanto isso, os dois ratinhos fugiram em segurança.

- Venha! Vamos subir na torre da igreja, lá poderemos dormir sossegados. Disse o rato Beto tentando ganhar a amizade da malandrinha.

Naquele momento de sufoco, a malandrinha teve certeza do quanto uma amizade é valiosa. Tornaram-se amigos inseparáveis, já descansados, resolveram morar juntos, assim um cuidava do outro. Escolheram uma casa abandonada nas redondezas, com certeza seria o lar ideal para viverem tranquilos.

No domingo, foram ao parque, quando passeavam entre os brinquedos, viram um vendedor de balões. Correram e compraram dois, amarraram nas patinhas, os balões começaram a subir, davam solavancos, com o vento muito forte, os dois foram levados para o alto.

Fifi gritava de medo, Beto querendo demonstrar segurança segurou a patinha da amiga, os dois foram subindo, subindo, de repente, ficaram presos nos galhos de uma grande árvore. O pior foi quando um exame de abelhas apavoradas avançou sobre os dois.

Coitados! Foram tantas ferroadas, ficaram cheios de pontinhos vermelhos.

Por um milagre, os balões se soltaram e continuavam a subir, a terra se afastava cada vez mais, as abelhas sumiram e os dois sabe-se lá onde foram parar.

 

Irá Rodrigues

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