quinta-feira, 17 de julho de 2025

AS TRAVESSURAS DO JUCA

 


Era um menino esperto

Morava com a avó

Que enchia de dengo

E deixava ele só

Mas as suas travessuras

Nem da avó tinha dó.

xx

Querendo se dar bem

Os colegas ele provocava

A explicação das aulas

Ele não acompanhava

Era bem indisciplinado

E de castigo ficava.

xx 

Na presença da avozinha

Era todo educado

Sentava no fundo da sala

Permanecia calado

Se a direção chamasse

Aparecia envergonhado.

xx

Autora- Irá Rodrigues

 

 

 

 

 

 

 

A MENINA QUE ADORAVA ESTUDAR

 

 

Quando pegava um livro

Ela não queria largar

A mãe sempre falava

Pare um pouco de estudar

Sua mente fica cansada

Você   precisa brincar.

 x

 Sorrindo a menina dizia

Aqui eu posso viajar

Conheço o mundo todo

Sem mesmo sair do lugar

Me divirto muito mais

Do que ir lá fora brincar.

Pela manhã ia a escola

Era muito atenciosa

Na escrita e na leitura

Ela era sempre caprichosa

Por todos era elogiada

Educada e estudiosa.

 x

Amiga de todos os colegas

Com todos era paciente

Nas aulas de português

Só queria sentar na frente

O que causava discórdia

Por ela ser tão inteligente.

Na hora do intervalo

Rápido ela lanchava

Passeava pelo jardim

E num banco se sentava

Preferia aquele silencio

Enquanto a turma brincava.

 x

 Se tivesse aula vaga

Pra biblioteca corria

Pegava alguns livros

Sentava na diretoria

O que não conseguisse ler

Para casa levaria.

x

Na semana de prova

O estudo redobrava

Só na hora das refeições

É que ela parava

Depois de alguns minutos

Para o quarto ela voltava.

 x

 

A prova não era surpresa

A melhor nota tirava

Se não fosse um dez

A menina logo chorava

Mesmo sendo nota alta

Ela não se conformava.

x

O que mais ela gostava

Eram cálculos de matemática

Falar dos bichinhos em ciências

E sua favorita era gramática

Ao falar que gostava de redação

Era chamada de antipática.

x

Mas a menina não ligava

E se fosse chamada no quadro

Prontamente se levantava

Nunca escrevia errado

A professora elogiava

Enquanto alguns colegas

O caderno era rabiscado.

 x

Nas provas finais

A primeira que entregava

Quem sentava ao lado

O pescoço espichava

Querendo ver as respostas

Se conseguisse até copiava.

Quem ficava na recuperação

Se oferecia pra dar reforço

Mas cobrava atenção

Que tivesse mais esforço

E assim na escola chegava

Logo após o almoço.

 x 

Era muito dedicada

E fazia o que gostava

Aprender coisas novas

E assim ela ensinava

E todos aprovados

A menina festejava.

x

 É somente estudando

Que podemos entender

Que através da leitura

É que vamos aprender

Os livros vem nos mostrar

Tudo que precisamos saber.

 x

O encerramento das aulas

Um momento emocionante

A menina foi eleita

Para ser a representante

A turma toda aplaudia

A festa foi até o último instante.

 xxx

 

Autora- Irá Rodrigues

O MENINO EXAGERADO

 


 

José era um garoto

O que encontrava comia

O estomago era grande

Tudo nele cabia

Pior que o garoto

De indigestão vivia.

 

Quando chegava na escola

Comia com extravagância

Cachorro-quente, sorvete

Parecia ignorância

O garoto respondia

Com toda a sua arrogância.

 

De tanto comer porcaria

Tinha ataque de pressão

Sua vida ficou complicada

Não aceitava intromissão

Sem saber que o seu problema

Era caso de hipertensão.


Autoria Irá Rodrigues

A LAVADEIRA

 

Joaquina era muito engraçada

Foi ao rio lavar roupas

Enquanto secavam na grama

Deitou-se muito cansada.         

 

O céu estava azulado

O Sol laranja brilhava

Sorriu a lavadeira

Revivendo o passado.

 

O rio parecia o oceano

De tão azul como o céu

A lavadeira sonhava

Que estava num rio de pano.

 

O vento chegou apressado

Levou a roupa pelo ar

A lavadeira deu um pulo

Viu seu vestido sendo levado.

 

Resolveu então salvar

Nas ondas do rio entrou

Na frente seguia as roupas

Ela lutava para resgatar.

 

Cansada ficou olhando

Sem nada para vestir

Enrolou-se numa manta

Desesperada chorando.

 

O vento por um instante

Gritou venha comigo

Monte em minhas asas

Será contagiante.

 

A lavadeira sem nada entender

Ouvindo a voz do vento

Perdeu as suas roupas

O que iria fazer...


Ira Rodrigues

 

 

 

DOIS BONS AMIGOS

 

 


 

 

A ratinha Josefina, com seus olhos brilhantes, boca avermelhada e um belo pelo castanho, era uma refinada malandrinha. Todos os outros ratos admiravam a alegria de estar sempre feliz, assim, todos gostavam de ir à sua casa para brincarem, sair em busca de aventuras e quem sabe encontrarem queijos fresquinhos na fábrica que ficava a poucos metros da sua aldeia.

Certo dia, Josefina tomou uma decisão, naquele reino não fariam mais maldades com seus amigos ratinhos, nenhum gato iria se aproximar ou seria atacado com a fúria de uma ratinha. Nem bem pensou nisso, lá vinha o gato Teco com seus olhos famintos pronto para dar o bote num ratinho indefeso, foi uma gritaria, logo outros ratos vieram atacando o gato por todos os lados, sempre se defendendo das suas garras.

O gambá um bondoso amigo, surgiu com sua espada avançando contra o gato:

- Somos todos defensores dos amigos, gato nenhum entra aqui para fazer maldades. Soltando aquele pum fedorento.

O gato sem mais opção colocou o rabinho entre as pernas, abaixou as orelhas, deu um forte miado e fugiu como um raio.

Os ratinhos bateram palmas, abraçaram o gambá, o resto do dia foi a maior festa com direito a queijos, frutas e um bom suco de flores.

Na manhã seguinte, Josefina estava muito triste, sentou-se num banco, baixou a cabeça e começou a matutar seus pensamentos. Logo adiante surgiu o Ratinho José que, perdendo a timidez se sentou ao seu lado.

- O que aconteceu? Não obtendo respostas voltou a perguntar.

-  Você é a ratinha mais alegre desse reino. O que você tem?

Josefina em poucas palavras relatou o que estava deixando agoniada.

- Vamos! Se anime, venha dar uma voltinha no bosque, somos livres, vamos desfrutar da nossa liberdade. Disse José todo empolgado.

Assim, a partir daquele momento se tornaram bons amigos, viviam sempre juntos tomando chá, colhendo frutas e se aventurando na fábrica em busca de bons pedaços de queijo fresco.

Decididos, resolveram construir uma casinha onde iriam morar juntos, todas as manhãs saiam para darem belos passeios pelos bosques floridos.

Quando viram o gavião vendendo balões, saíram correndo, compraram um azul, outro vermelho, a manhã foi de pura felicidade brincadeiras e gargalhadas.

De repente não se sabe como, surgiu um vento atrevido, dando rodopios levou os balões e junto os dois amigos que não soltaram o cordão.

Os balões continuavam subindo, subindo, cada vez mais a terra ficava distante dos seus pés, o vento que agora já era uma ventania não tinha piedade, até que, os cordões se entrelaçaram nos galhos do jacarandá, árvore maior daquela floresta. Os amigos soltaram os cordões, os balões continuaram subindo desaparecendo entre as nuvens branquinhas.

Os dois cansados, ficaram por um tempo no alto da árvore até que tivessem forças para descer daquela altura. Infelizmente, a Josefina escorregou e machucou a sua patinha. José mais que depressa desceu para socorrê-la, foi obrigado a improvisar uma maca, onde colocou sua amiga levando-a ao Dr. Guaxinim, o bondoso médico enfaixou a patinha pedindo que ficasse em repouso até a próxima semana.

José estava muito aflito, a casa ficava longe. O que fazer não tinha nenhuma ideia.

O Dr. Guaxinim, ao ver a carinha de preocupação do rato josé disse;

- Eu a levarei em meu transporte, a Josefina não pode andar até que sua patinha fique curada.

Os dias foram se passando, a ratinha estava bem, a patinha já não estava mais enfaixada.

Hora de voltarem para viverem as suas aventuras, os dois foram dar um passeio. Logo chegaram ao jardim mais florido daquela região. Após um belo banho no riachinho de águas cristalinas foram colher sementes, raízes e flores para enfeitar a casa.

- Uma bela sopa estava pronta, o cheiro subia pelo ar atraindo passarinhos, esquilos e até outros ratinhos.

Todos comeram até se fartarem, o dia foi muito especial, cheio de alegria, aventuras e brincadeiras.

De repente, o céu escureceu, perceberam que se aproximava um temporal. Os dois correram para uma gruta no caule da árvore onde pretendiam passar a chuva.

Tempos depois, os dois dormiram, roncavam com o sono mais tranquilo.

E assim, a vida dos dois amigos continuava cheia de aventuras.

 

Irá  Rodrigues
Santo Estevão - BA – Brasil

http://iraazevedo.blogspot.com.br/

MEDO DE ESCURO

 


 

Era uma vez, lá no reino lagartixal, morava uma lagartixa que andava se assombrando até com a pobre brisa que passava por ali.

Imagine, assim que escurecia ela se enfiava embaixo das cobertas, só saia quando o Sol dava bom dia e clareava o seu quarto.

Um certo dia, andando pela floresta se assustou com a sua sombra, foi aquela agonia saiu correndo, a sombra lhe acompanhando. – Claro a sombra não poderia se afastar. Mas a lagartixa achava que era um monstro querendo lhe atacar.

Vivendo assombrada com esse medo de escuro, a lagartixa passou a viver triste e pensou:

- Se eu crescer e crescer, ficarei do tamanho de um crocodilo, tão forte e temido que até o escuro vai fugir apavorado, assim posso viver em paz.

E assim, decidida a ficar gigante e espantar o medo, ela foi procurar a bruxa Keka da floresta assombrada, foi logo fazendo o seu pedido. Senhora bondosa bruxa, eu quero que me estique, estique até que eu fique gigante do tamanho de um crocodilo.

A bruxa até se assombrou com aquele pedido, balançando a cabeça respondeu:

Aceite como é, querer ser diferente pode trazer problemas que vai se arrepender.

A lagartixa estava, implorou para que a bruxa a deixasse gigante.

E seu pedido foi aceito, a lagartixa ficou tão grande, mas tão grande que nem na porta conseguia passar.

Mesmo assim, seguiu feliz cantarolando até chegar no reino lagartixal quando foi recebida com pedras e paus, todas as lagartixas tinham pavor dos crocodilos, ali ele não teria lugar para ficar, nem ao menos passear.

A lagartixa tentou explicar que era ela a lagartixa sonhadora, a mesma amiga de todos, mas não deram ouvido, espantaram dali para bem longe.

Coitada! A vida da lagartixa passou a ser muito triste, vivia sozinha, não gostava de água como os crocodilos, seus amigos tinham medo dela, sua família nem queria ver por perto, achando que se tratava de um monstro das águas.

O tempo passou, o medo continuava, mesmo gigante ela se assombrava, de tanta tristeza a lagartixa resolveu procurar a bruxa para desfazer o feitiço.

E lá se foi dias e dias andando às escondidas pela floresta. A bruxa antes de atender o pedido disse: Aprenda a ser o que é, quem quer tudo nada tem. E num passe de mágica a lagartixa voltou ao normal.

E assim ela aprendeu a lição quem muito quer nada tem.

 

 

 

Irá Rodrigues
Santo Estevão - BA – Brasil

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A MAGIA DAS BONECAS

 


Era um domingo qualquer, as meninas da vizinhança resolveram visitar uma loja de bonecas, acompanhadas das suas mães saltitavam de tanta empolgação, a loja era nova e vendia bichinhos de pelúcia e bonecas, as mais lindas que se possa imaginar.

Clarita a mais calada do grupo, soltou a mão da mãe e foi andando entre as diversas prateleiras, seus olhinhos brilhavam, de repente, como num passe de mágica uma das bonecas piscou para ela, a menina limpou os olhos achando que estava vendo coisas de mais.

- Mamãe! Mamãe! Venha ver, aquela boneca piscou os olhos. Disse toda empolgada.

- Você está vendo o que não seria possível, pare de sonhar, essa boneca é muito cara e não podemos comprar, hoje viemos apenas para ver a beleza da loja. Vamos!

As outras crianças estavam radiantes, cada uma com a sua boneca, apenas Clarita não ganhou, sua mãe não poderia lhe dar.

Como num passe de mágica, a menina se soltou das mãos da mãe e correu até a prateleira daquela boneca. Foi um verdadeiro espetáculo, a boneca saltou para o chão acompanhada de todas as outras, a loja imediatamente se encheu de outras crianças, os pais apenas sorriam ao ver a felicidade das crianças. Os bichinhos pulavam, as bonecas dançavam e cantavam, não existiam adultos atendendo, apenas duas meninas que imediatamente desapareceram. Todos os bichinhos e bonecas ganharam vida, saíram pelas ruas no mais lindo espetáculo já visto naquela cidade.

E assim como começou, o sonho terminou, Clarita despertou abraçada com sua linda boneca feita de trapos.

 

 

Irá Rodrigues
Santo Estevão - BA – Brasil

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A LAGARTIXA CURIOSA

 


 

No alto de lajedo, no meio de uma densa floresta, onde a vegetação se entrelaça, árvores tão altas que parecem tocar as nuvens, pássaros cantam em sinfonia, bichinhos correm livres sem conhecer o perigo, vivia uma lagartixa chamada curiosa, sempre andava investigando para descobrir o que acontecia em volta do lajedo muito alto e de pouco acesso por outros bichos. Apenas os que voavam ou rastejavam conseguiam chegar.

Curiosa passava os dias com seu caderninho anotando tudo, enquanto explorava novos caminhos. Um certo dia, encontrou algo bem estranho, anotou tudo, fotografou e voltou para casa, a noite se sentou na rede da sua varanda e foi relatar para as outras lagartixas, achando tudo muito estranho, resolveram sair bem cedo para conferir de perto o acontecido.

No local indicado, encontraram uma família de gafanhotos triturando folhas, Curiosa foi logo se aproximando, muito intrigada foi interrogar os trabalhadores,

- Oi, senhores gafanhotos! O que vocês estão fazendo aqui? Nesse local encontrei ontem algo muito estranho e voltamos para conferir.

- Horas! Estamos nos alimentando, ao mesmo tempo conhecendo a região. Não encontramos nada de diferente. Não precisamos de permissão para andar e viver onde desejamos. Respondeu um gafanhoto chamado Tigrão.

- Moramos lá no alto daquele lajedo, cuidamos muito bem da natureza e não vamos permitir destruição. Disse Curiosa cheia de arrogância.

Tigrão sorriu, olhou para o grupo de lagartixas, - Deixem de se acharem donas dessa região. Melhor saírem daqui ou avanço com o meu exército.

Curiosa, sem encontrar o que procurava, reuniu seus amigos e partiram, os gafanhotos continuaram sua jornada que era colher alimentos para abastecerem suas casas,

No caminho de volta as lagartixas resolveram subir por outro lado, quando perceberam que precisavam atravessar um riachinho, era cheio de pedras cobertas com uma vegetação verdinha. Quando Curiosa colocou a patinha o sapo que estava na beira da água lavando o pé gritou:

- Quem avisa amigo é. Se querem atravessar até o outro lado eu sugiro que não pise no que acham que sejam pedras. Engam-se! São monstros das águas.

Todas as lagartixas recuaram se afastando das águas. Curiosa como é, não deixou barato e foi logo querer saber tudo direitinho.

Ao saber do que se tratava, disse: Tenho uma ideia, vamos dar a volta, assim os monstros continuam dormindo, um banho não é nada ruim, mesmo fazendo frio.

As outras lagartixas acharam a ideia brilhante, juntas fizeram uma corrente, entraram nas águas geladas no momento que um dos monstros se espreguiçava.

Pense numa aflição. A correria foi tanta que em menos de minutos chegavam salvas no outro lado do riacho.

Passado o susto, no dia seguinte Curiosa saiu para suas descobertas, encontrou uma árvore com suas folhas murchas, os galhos pendidos como se estivesse triste.

- Mas o que está acontecendo, sempre foi a árvore mais feliz dessa floresta.

- Sim, eu sempre fui muito feliz, mas os passarinhos me abandonaram, não constroem mais seus ninhos em meus galhos, até as formigas não escalam mais o meu tronco. Era tanta felicidade ver aquela movimentação. Disse a árvore suspirando.

- O que aconteceu para que todos o abandonassem? Muito estranho essa situação. Mas vou ajudar a ter de volta a sua felicidade.

- Será impossível me ajudar, um pássaro gigante, espantou todos os passarinhos, começou a engolir as formigas, as que se salvaram fugiram para outras árvores.

Curiosa pensou! Pensou! Fique sossegado, tenho uma solução. E assim partiu em direção a sua casa. Tempos depois voltava com seu batalhão de lagartixas, calangos e até umas cobras amigas. O pássaro traiçoeiro foi expulso ao ser atacado pela cobra mais venenosa da região.

Aos poucos os passarinhos voltaram, as formigas felizes vieram assumir suas tarefas,

Agradecido a árvore começou a se erguer com toda vivacidade, seus galhos com folhas viçosas já brotavam lindas flores atraindo borboletas e abelhas.

Com o passar do tempo, Curiosa foi eleita a defensora da natureza, ela era a criatura mais interessada em manter a harmonia da floresta ajudando a criar um equilíbrio de parceria.

Quem disse que lagartixa não pode ser útil ao equilíbrio ecológico estava enganado. Curiosa era diferente, ela reforçava a importância de que cada bichinho fosse responsável pela sua parte, nessa interação se sustenta a harmonia e valorização.

Curiosa era o seu nome, mas era também cheia de curiosidades.

 

 

Irá Rodrigues
Santo Estevão - BA – Brasil

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CERTO DIA


O macaco cochilava na varanda- quando ouviu de longe uma bela canção, parou, apurou as orelhas e nada desconfiou.

Quem seria o dono daquela linda voz. Deu um salto, foi até o alto e lá estava dona cotia...

Mas cotia não tem esse vozeirão. Melhor ir até lá para conferir. Assim foi o macaco.

Ao ver o macaco chegando à cotia só sabia sorrir.

Vamos! Quero ouvir aquela linda canção. Disse o macaco.

A cotia respondeu:- Fico envergonhada, para cantar precisava ficar sozinha. E assim o fez, atrás dos arbustos começou: 

A voz era linda e bem afinada.

O macaco que não é bobo nem nada foi de mansinho espionar.

A voz de um pobre sabiá que preso em uma gaiola era chantageado pela cotia.

O macaco deu um pulo agarrou a malvada da cotia. Abriu a porta da gaiola e libertou o pobre do sabiá

Que feliz sumiu pelo ar, batendo suas asas em liberdade.

Agora você merece umas boas palmadas, sua cotovia desalmada. Disse o macaco enquanto a cotia chorava e se contorcia.

O macaco gritou furioso- agora cante sua trapaceira...

A cotia com sua maldade fugiu floresta adentro e nunca mais apareceu para fazer suas trapaças.



Irá Rodrigues
Santo Estevão - BA – Brasil

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terça-feira, 15 de julho de 2025

ELEIÇÃO NA FLORESTA

 

 

 


 

O macaco decidiu

Que seria o delegado

Para defender a floresta

Ele foi assim nomeado

Trabalhava com a lei

Por todos era respeitado.

 

Na sua festa de posse

O gato era o compositor

O gavião cheio de prosa

O guaxinim no tambor

A raposa na guitarra

O sabiá era o cantor.

 

A noite foi animada

O macaco logo chegou

O leão estava revoltado

Aquilo ele aceitou

Quando começou a falar

A bicharada toda vaiou.

 

Se sentindo derrotado

O leão dali se mandou

Tudo voltou ao normal

E a festa continuou

Foi até o amanhecer

Assim que o Sol raiou.

Irá Rodrigues
Santo Estevão - BA – Brasil

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O TAMANDUÁ

 

 


Vivia rondando o formigueiro

Só em pensar nas formigas

Com certeza um monte delas

E ficava assim o dia inteiro.

 

Ou bichinhas trabalhadeiras

Com certeza estão gordinhas

Preciso fazer um plano

Elas são muito ligeiras.

 

Cortam folhas todo dia

Parece quem não se cansam

Sabidas como elas são

Dormem em cama macia.

 

Ai se eu pudesse pegar

Apenas um monte delas

Iria me fartar

Num delicioso jantar.

 

Irá Rodrigues
Santo Estevão - BA – Brasil

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sexta-feira, 11 de julho de 2025

A TOCA DA RAPOSA

 

 


 

Dona raposa passeava tranquila, aproveitava o sol da manhã para recuperar os dias que estivera adoentada com uma forte gripe. Andava tão distraída, nem percebeu que uma tempestade estava se aproximando. Nem teve tempo de buscar um abrigo, a chuva chegou tão apressada, parecia que o mundo estava acabando, encostada numa árvore ela rezava, raios e trovões pareciam que iriam arrancar as árvores, o solo estava encharcado, correntezas fortes corriam como se fosse rio. A impressão era que o mundo iria se acabar, estava apavorada, muitos outros animais passavam apressados correndo daquela tempestade, não tinha onde se proteger, estava toda ensopada, o vento açoitava os galhos, os passarinhos fugiam abandonando os agasalhos, a raposa desmaiou de tão fraca que estava, quando acordou não se sabe quanto tempo, o Sol iluminava aquecendo a vegetação. Sentindo aquele calorzinho bom, sacudiu os pelos, abanou as orelhas, logo estava toda seca, sem perder tempo voltou para casa. 

 

Autoria- Irá Rodrigues

http://iraazevedo.blogspot.com.br/

AS TRAVESSURAS DO JUCA

  Era um menino esperto Morava com a avó Que enchia de dengo E deixava ele só Mas as suas travessuras Nem da avó tinha dó. xx Qu...