Destinado especialmente a crianças e também aos adultos que vivem o encanto de criança. Todos os textos poemas e fábulas aqui publicados são de minha única e exclusiva autoria encontrando: Recanto das Letras, no VIVENDO CRIANÇA e na minha página ESPAÇO CRIANÇA. Não autorizo cópia dos meus trabalhos sem minha expressa autorização. Plágio é crime. Respeite os Direitos Autorais. Lei 9.610 de 19/02/1998
quinta-feira, 4 de dezembro de 2025
FIZ MINHA ÁRVORE
NATAL
terça-feira, 2 de dezembro de 2025
CORDEL DO SÍTIO
E tudo
acontecia
Dizem que
era uma vez
Numa manhã
chuvosa
Apareceu uma
galinha pedrês
E tudo que
perguntavam
Ela
respondia talvez.
Um galo meio
tonto
Não descia
do galinheiro
Por ali
mesmo ciscava
Não chegava
no terreiro
Antes de
escurecer
Já subia no
poleiro.
Uma porca
comilona
Que nunca
engordava
Parecia
esfomeada
Comia tudo
que achava
Uma gamela
de ração
Pra ela
nunca dava.
Cada bicho
um defeito
Tinha o bode
fedorento
A cabra
querendo ser gente
Um boi
ligeiro feito o vento
O cavalo
cheio de manhã
E o pobre do
jumento.
Tinha até
uma cobra
Criada de
estimação
Uma gata
manhosa
Chamada de
Conceição
E tudo
naquele sítio
Virava a
maior atração.
Irá Rodrigues
Santo Estevão - BA – Brasil
http://iraazevedo.blogspot.com.br/
NO SITIO DE GUMERCINDO
De tudo ali acontecia
O dia acordava cedinho
Lá vinha o quero, quero
Desfilando pelo caminho
Para alimentar os filhotes
Pega o pobre do besourinho.
Tinha o galo Adamastor
Que esquecia de acordar
E se era dia de chuva
O obre só sabia roncar
Assim o dia despertava
Sem o galo cantar.
No alvorecer da passarada
Nunca faltava alegria
O bem-te-vi atrevido
Era canto pra todo lado
Dizia declamar poesia.
Tinha uma galinha tonta
Que vivia assustada
Tinha medo até da sombra
E corria destrambelhada
Saia gritando socorro!
Estou sendo atacada.
E a pobre da ovelha
Quando era tosquiada
De vergonha se escondia
E não saia pra nada
Dizia ter vergonha
De viver assim pelada.
Na casa grande morava
Seu tempo era fazer doces
Nunca saia daquela cozinha
E no dia da feira na vila
Entregava tudo numa vendinha.
Tinha porco, peru e pavão
Um burro e dois jumentos
Que declamavam versos
Falando dos sentimentos
Quando um falava da felicidade
O burro só tinha ressentimentos.
Seu Gumercindo. Há seu Gumercindo
Vivia levando tropeço
Com a memória falhando
Voltava lá do começo
Recontava essa história
E dizia! Ser feliz eu mereço.
Autora- Irá Rodrigues
CORDELZINHO DE JOAQUIM
O
jardineiro seu Joaquim
Gosta
mesmo de uma prosa
Quando
chega em seu jardim
Vai
conversar com a rosa
Que feliz
se balança no galho
E fica
toda formosa.
Feliz dizia a borboleta
Como é linda a liberdade
Flores dizem o que querem
Vivem em na maior vaidade
Nunca são arrancadas do pé
Bate as asinhas cheia de
felicidade.
Chega dona abelhinha
Se dizendo talentosa
Até o besouro reclama
Ela é muito geniosa
No jardim ela só respeita
O cravo e a rosa.
Autoria- Irá Rodrigues
AS PERIPÉCIAS DO PALHAÇO
O palhaço era muito
engraçado
Convidava toda a
meninada
Assim aparecia com
seu rosto pintado
Feliz dando
gargalhada.
A meninada alegre
gritava
Lá vem o palhaço
bobão
Ele ria se enrolava
ao chão
A meninada
gargalhava...
E quando o palhaço
inventava fazer adivinhação
Todos queriam correr
para ajudar
Ele logo gritava eu
vou de encantar
Vai virar um gato ou
um leão...
José o menino mais
espevitado
Corria na frente todo
feliz dizendo
Primeiro me deixa ver
o que tem ai dentro
Tem uma cobra disse o
palhaço fingindo-se
zangado...
A meninada gritava,
solta a cobra,
Queremos ver o José
gritando
Quem sabe até
chorando
Implorando para ir
embora.
O palhaço caiu na
gargalhada
Da caixa retirou uma
cobra de pano
José saiu em
disparada...
Logo o palhaço
começou a gargalhar
O José correu
assustado
Vem cá à cobra deixa
você pegar...
Irá Rodrigues
segunda-feira, 1 de dezembro de 2025
E ASSIM VAI COMEÇAR AS AVENTURAS DA LAGARTIXA ESMERALDA.
Certo dia a lagartixa Esmeralda, querendo desfrutar
a vida, resolveu fazer um comunicado. Chegou na pracinha da cidade, ao ver que
estava lotada aproveitou a oportunidade.
- Estou cansada de viver sozinha, só ficarei
encalhada se nesta terra não estiver um moço galante para me desposar. Disse se
achando radiante.
- Não se avexe, você é solteirona e deve continuar.
Quem aqui dessa região vai se interessas por uma lagartixa fofoqueira. Disse a
prima Tixa.
Não gostando da resposta, saiu soltando fogo pelas
ventas, encontrou o calango Tião que foi dizendo sem rodeios.
- O que aconteceu para ficar assim tão desesperada?
- Saia de perto, ou serei capaz de atropelar sua
arrogância. Gritou Esmeralda, saindo furiosa e foi se refugiar no alto de um
rochedo, assim não teria quem lhe tirasse a paz.
Depois de dias nublados, o Sol abriu os olhos, a
lagartixa resolveu tomar banho de Sol. Vestiu um biquini, passou bronzeador,
colocou óculos escuros e chapéu.
Passou toda a manhã espichada num lajedo, o Sol
muito quente e sem beber água, coitada, estava toda sapecada. De tanta dor no
corpo, gritava, ninguém ouvia, a língua já estava seca dentro da boca, desidratada
gemia se arrastando até chegar em casa.
Foi direto se olhar no espelho, assombrou-se com o
que viu, estava sapecada, o corpo ardendo, nem conseguia mexer a cauda, a cara
parecia um pimentão avermelhado, ardia feito brasa,
-Bem-feito
gritou um passarinho atrevido, agora fica aí sozinha, ninguém vem te ajudar e
partiu cantando bem-te-vi, bem-te-vi.
A
pobre só gemia e chorava, nem força teve para responder o atrevimento daquele
passarinho.
Passou
quase uma semana sem conseguir sair de casa, pouco se alimentava, dormia a
maior parte do tempo.
O dia
amanheceu chovendo, entediada saiu para caçar, sobe num rochedo fica tonta, nem
um besourinho para matar a sua fome. Triste e faminta viu de longe o calango
Sebastião espichado de barriga cheia arrotando e alisando a pança.
Sem
saber explicar, sentiu-se enciumada, sonhava com um belo almoço, uma sopinha
quente, uma salada, nada encontrava. O calango ali sossegado nem imaginava que
estava sendo observado.
Bem
devagarinho se aproximou, o calango roncava, com certeza bem alimentado, sem
rodeios foi logo perguntando.
- Onde
encontro algo para comer, andei a manhã inteira, estou esfomeada.
Ao ver
uma teia de aranha abocanhou de uma vez, a pobre tecia seus fios e nem percebeu
a artimanha da lagartixa que suspirava satisfeita, de barriga cheia afastando-se,
quando o calango gritou:
- Não
seja assim sem educação! Vem aqui, me acorda e sai sem dizer nada.
Esmeralda
nem olhou para trás, voltou para casa cantarolando. Confabulando com seus
pensamentos, subiu numa árvore, tenho poder, vou voar feito passarinho, amarrou
nos braços asas de papel, começou a ensaiar, de nada adiantava, a chuva ficou
forte molhou as asas.
Pensou:
Não irei desistir, amanhã outras asas irei fabricar.
No dia
seguinte, o Sol nem apareceu, a chuva caía feito temporal. Então pensou: Sou
persistente, sem nada para segurar, se esborrachou no chão. Ainda bem que caiu
no seu jardim, a queda foi amortecida nas flores, quebrou apenas uma patinha, o
dedinho do pé e a ponta da cauda.
Ficou
deitada no meio do lamaçal. A irmã que foi visitá-la ficou preocupada ao ver
Esmeralda gemendo, logo outras lagartixas chegaram para acudir.
Sem
poder sair de casa, começou a escrever poesia, era seu novo sonhos, virar
escritora e poetisa.
CERTA
MANHÃ
Acordou
na maior folia
Foi para
a frente do espelho
Passou
batom vermelho
Fez uma
fotografia.
Sorrindo
mostrou o dente
Admirou-se
por instante
Viu que
estava radiante
Saiu toda
contente.
Na rua
sentiu-se encantada
Ouviu o
calango dar psiu...
Rebolando
ela seguiu
Feliz em
ser cortejada.
RECLAMONA
De
longe ela espiava
A
preguiça de dona lesma
Nojenta
e pegajosa
Pelo
chão se arrastava.
Viu no
canto do salão
O
besouro e o cascudo
Falavam
da má fama
Do
temido pulgão.
Chegou
o vaga-lume
Trazendo
luz e alegria
Só não
esperava encontrar
A
centopeia com seu azedume.
Que a
tudo reclamava
Vivia
no mundo sozinha
Com
seu jeito resmungona
Dela
ninguém gostava...
ENTEDIADA
Resolveu ir passear
Chega um pobre besouro
Com medo de ser devorado
Fugiu dali apressado...
A lagartixa lambeu a boca
Uma sopa de besouro
Serviria em seu jantar
Comeria até se fartar.
E continua a lagartixa
Esperando a hora certa
Se arrastando de levinho
Para pegar o coitadinho.
O besouro que não era bobo
Com medo de ser engolido
Tratou de se mandar
A lagartixa ficou sem
jantar.
Mas se por descuido a
lagartixa o pegasse
Com certeza se arrependeria
Iria fazer tanta lambança
Dentro da sua pança.
VAIDADES DE ESMERALDA
Aos domingos adora sair para passear
Dessa vez caprichou no visual
Iria com as amigas a um festival
Disposta a encontrar um moço para se
casar.
Acordou cedo tomou banho na torneira da
pracinha
Querendo ficar linda usou um vestido de
bola
Pegou o chapéu, colocou lanche na
sacola,
Na outra mão um leque e a sombrinha...
Muito vaidosa não se esqueceu do batom
vermelho
Nem de colocar um laçarote na cabeça
Voltou da porta antes que se esqueça
Admirou-se em frente ao espelho.
Saiu feliz, pois estava muito elegante,
Daquele festival sairia enamorada
Quem sabe até voltaria casada
Pensou- quero um moço bem-falante...
Não gostava de moço muito calado
Diziam que ela falava pelos cotovelos
Que a sua língua era bem maior que um
novelo
Quando estava todo desenrolado.
Toda contente vai a lagartixa passear
Cantarolando seguia pela rua
Sorriu feliz confabulou com a lua
Amiga Lua hoje eu vou desencalhar...
A
PRIMAVERA
Esmeralda
acordou
Foi se
deitar ao sol
Logo
se espicha
Folgada
essa lagartixa.
Era
estação da primavera
Flores
no campo perfumava
De
biquíni e chapéu de sol
Atraente
ela se achava.
Preguiçosa
ela tira uma soneca
Desperta
com a barriga roncando
Olha
com olhos cobiçados
Um
besourinho que vai passando.
Zaz!...
Nem deu tempo ao bichinho
Tentar
dali escapar
De
barriga cheia ela arrota
- Que
delícia de jantar.
OS
PESSEIOS
Pense
numa lagartixa
Que
adorava sair de casa
A
noite se escondia
Para
caçar bicho de asa.
Seu
café tinha que ter mosquito
Para o
almoço uma baratinha
Daquelas
que circulavam
Nas
paredes da cozinha.
O
verão chegou precisava passear
Resolveu
que iria passar o dia na praia
Pegou
a sacola e o sombreiro
Vestiu
maiô e uma saia.
De
óculos escuros saiu sozinha
Tomou
um susto quando viu o mar
Foi
uma louca aventura
Até
aprendeu a nadar.
A FUJONA
Quando o dia ainda começava a se espreguiçar
Esmeralda escapava pela janela
Saia para mais uma das suas estripulias
À tardinha ficou cansada de tanto andar.
O céu escureceu a chuva caiu
A lagartixa se encolheu num tronco
Já estava toda encharcada
A noite chegou, nem viu.
Com medo ficou pensativa
O frio começava a congelar
Queria sua caminha quente
A chuva só aumentava.
Pensava na sua casinha
Era obrigada a passar a noite ali
Prometeu que tomaria juízo
Nunca mais fugiria sozinha.
TINHA QUE SER A
ESMERALDA
Sempre muito arteira
Foi visitar o calango
Janjão
Quando ouviu um trovão
Derrubando a casa
inteira.
A pobre da lagartixa
tremia
Correu em disparada
Estava tão assombrada
Que nem viu o que
acontecia.
Achou que era trovão
Mas de longe viu o
gigante
Era um enorme
elefante.
Ficou por ali tremendo
Se por ele fosse
pisada
Coitada seria
esmagada.
O
SONHO DE ESMERALDA
Num
desses passeios pela floresta
Imaginou
ser um jacaré
Pensou
se comesse muito iria crescer
E
todos teriam que lhe obedecer.
Convencida
saiu cantarolando
Encontrou
a formiga e foi falando
Amedrontada
a bichinha saiu correndo
Nem
terminou a folha que estava comendo.
Esmeralda
não se conformava
Queria
mesmo ficar enorme
Seria
como um jacaré valente
Confiante
seguiu contente.
Coitada,
mais uma vez se deu mal
Todos
os bichos gargalhavam
Estava
sozinha e abandonada
Num
descuido perdeu metade da cauda.
Agora
era uma lagartixa cotó
Seu
sonho não poderia realizar
Voltou
cabisbaixa para casa
E
pensou- Um dia terei asa.
Aí
poderei sair voando
Já
sei! - Serei um dinossauro
E
todos terão que me respeitar
Coitada,
a lagartixa só sabia sonhar.
OS SONHOS DE ESMERALDA
Sonhava ter asas e
poder voar
Num tronco resolveu
subir
Nem viu a formiga por
ali
Passou sem mesmo
avisar.
Recebeu uma bela
ferroada
Gritou a lagartixa
apavorada
Ai que dor danada
Sua formiga malvada...
Eu só queria aprender a
voar
Ir quem sabe de
encontro à Lua
Do alto olhar a rua
E ver meu amor
passar...
Não precisava me
ferroar
Olha o que me aconteceu
O meu dedinho cresceu
E a dor é de matar...
A formiga resmungona
Oras, deixe de ser
chorona
Da próxima vez com
certeza
Vai
ter mais delicadeza...
AS
MANIAS BOBAS DE ESMERALDA
Esmeralda
encafifou nas suas ideias
Que
queria ser um enorme jacaré
Ter a
força de um trovão
E
veloz feito um furacão.
Querendo
ser por todas temida
Foi ao
dentista alongou os dentes
Que
nem cabia dentro da boca
Todos
a chamavam de louca.
Ficou
mesmo muito engraçada
De
boca fechada os dentes apareciam
Ficou
parecendo um serrote
Esmeralda
estava sem sorte.
Desanimada
resolveu morar sozinha
Ficou
tão feia nem olhava no espelho
Com
esses dentões de navalha
Parecia
mais um espantalho.
Um
dia, a fada apareceu
Vendo
a tristeza da lagartixa
Foi
saber o que aconteceu,
Ouviu
tudo sentiu pena
Resolveu
ajuda
Mas
antes lhe disse
Aprenda
a ser como Deus lhe fez
Quem
quer tudo nada tem.
E
assim jogou seu pozinho magico e a lagartixa voltou a ser como era
Aprendeu
uma lição e viveria feliz para sempre.
E assim termina as grandes aventuras da lagartixa
Esmeralda.
Autora- Irá
Rodrigues
Irá Rodrigues natural de Santo Estevão-BA escritora
com livros editados no Brasil e Portugal, participação em várias antologias.
Organizadora de eventos infantil. Administra o grupo Vivendo Criança. É
contadora de histórias e incentivadora a literatura poética e sala de aula.
Presidente fundadora da Aval.
Destaque Poético pela Literart. Condecorada com
prêmios Literários Brasil e Portugal. Membro de mulheres maravilhosas
Autora de dez livros solo infantil e um adulto.
Prêmio Literário Monteiro Lobato, participação da
Revista Literária da Lusofonia Divulga Escritor.
Academia: Luminescência Brasileiras, Academia
Mineira de Belas Artes. Condecorada com Mérito Monteiro Lobato.
Menção Honrosa pelo Consulado de Isla Negra Poetas
Del Mundo. Mérito Luiza Joaquina pela Embaixada da Poesia. Contos infantil
premiados pelo Vozes da Imaginação e Palavra Brasil.
FIZ MINHA ÁRVORE
Essa fiz bem diferente Sem bolas coloridas Sem luzinhas para piscar Decorei com gente. Gente que nos faz tão bem Amigos que são presentes Mu...
-
CORDELZINHO JUNINO Vem com a gente Vamos logo animar Essa festa junina No nordeste é popular Então chega correndo O forró vai ...
-
Vive no mundo da fantasia Brincadeiras sabem inventar Ai de quem reclamar A vida é só alegria... ...