quinta-feira, 10 de agosto de 2023

LABUTA DE DONA FORMIGA


 

O RATO TIM


 

PRIMEIRA VIAGEM DA ANDORINHA


 

AS PIPAS


 

DEPOIS DA CHUVARADA


 

PODER DO ARCO-ÍRIS

 




VIAGEM ALÉM DAS MONTANHAS

 



Juca saiu cedinho

Adiante pegou um atalho

Queria chegar nas montanhas

Viu um passarinho no galho

O pobrezinho tremia

Todo molhado de orvalho.


Juca ficou com dó

Logo parou seu cavalo

Quando ouve um troc, troc

Era uma lagarta no talo

Cada bocada que dava

Parecia um estalo.


Juca seguiu viagem

Foi andar pela estrada

Parou numa sombra

Viu ali uma fada

Ela era tão linda

Parecia muito cansada.


Preferiu não parar

Viu um animal selvagem

Era uma grande onça

Querendo pedir passagem

O cavalo refugou

E Juca seguiu viagem.



Autoria-Irá Rodrigues





















O RATO TIM

 

Quase não saia de casa

Andava na maior tristeza

Quando dormia sonhava

Viver numa grande riqueza

Comia pão com queijo

E pertencia a nobreza.


Outro sonho que tinha

Era viajar num veleiro

Mas ali não tinha mar

Nem ele era marinheiro

Melhor se acostumar

Ser um rato sem dinheiro.


Autoria- Irá Rodrigues


PRIMEIRA VIAGEM DA ANDORINHA

 

Comprou malas novas

Queria conforto e riqueza

Era sua primeira viagem

O mundo era de grandeza

Encontraria outros amigos

Seria feliz, com certeza.


Escapuliu de uma prisão

Com destino a liberdade

Por injustiça do destino

Foi vítima daquela maldade

Agora livre bate asas

Pra bem longe da cidade.


Autoria-Irá Rodrigues










DEPOIS DA CHUVARADA

 



O rio parecia fascinado

As águas novas desciam

Até os peixes sorriam

Deixando o jacaré intrigado.


Os sapos felizes coaxavam

O urubu de longe olhava

O macaco no galho pulava

As andorinhas bailavam.


Dezenas de borboletas multicor

Passarinhos alegres cantavam

As formigas logo cedo trabalhavam

Abelhas brincando nas grandes flores.


Um coquinho passou apressado

Levado pela correnteza

O vento, desprendeu da natureza

Naquele mundo, se sentia abandonado.


Tudo depois das chuvaradas

Até as piabas miudinhas

Daquelas bem magrinhas

Estavam com frio e apavoradas.


Autoria- Irá Rodrigues






quarta-feira, 9 de agosto de 2023

DIA DE CHUVA

 








É sempre assim, borboleta não quer se molhar

Minhoca sai do buraco e fica saracoteando

As formigas se enfiam no formigueiro

E cupim fica assanhado.



Quero, quero na malhada

Tartaruga esconde a cara

E a chuva ploc, ploc, ploc

O beija-flor corre pro ninho.



Gato com medo da chuva

Se enrosca no quentinho

Ou bichinho amedrontado

Corre de um chuvisquinho.







Irá Rodrigues
Santo Estevão - BA – Brasil

http://iraazevedo.blogspot.com.br/



ENCONTRO DOS BICHINHOS

 

Abelhinha Zazá

Abre o lençol

Deita tranquila

Embaixo do Sol

Recebendo o perfume

Do campo de girassol.

 X

Chega cabalenado

Com a cara de bobão

Repetindo assim

Pode ser que não

Pode ser que sim

O gafanhoto grandão.



Irá Rodrigues
Santo Estevão - BA – Brasil

http://iraazevedo.blogspot.com.br/





QUADRAS DOS BICHINHOS

 



Bem-te-vi não viu o tempo

Pousou no galho

Ficou encharcado

Banhado de orvalho

Costurou uma colcha

De folhas fez um retalho.

XX

A borboleta chegou

Apressada no jardim

Na pétala de uma rosa

Pousou os pés de cetim

Enquanto a cigarra

Cantava no pé de jasmim.



XX



O Sol deu corda no relógio

O galo cantou baixinho

Só para despertar o dia

Pois estava um friozinho

Não queria acordar

O pobre do passarinho.

XX

Ploc, ploc, ploc...

A chuva chuviscando

Desperatva os bichinhos

O beija-flor escutando

O ronco do guaxinim

E o sabiá suspirando.



XX

Lá no alto das montanhas

O colibri foi se abrigar

E cantava alegremente

Esperando a noite chegar

Quando o céu acendeu as estrelas

Resolveu ir se deitar.



XX

Assim que o Sol diz bom dia!

Lá no alto da palmeira

O canto se fez encanto

Do sabiá laranjeira

Enquanto dona seriema

Passava bem ligeira.

XX

O passarinho no ninho

Alimentando os filhotes

É lindo de se ver

Aquele amor e carinho.

XX

Na cerca de gravatá

Bem ao lado do riacho

Onde pastam as ovelhas

Tem um ninho de sabiá.

XX







Chegou abelha sinhá

Com seu baldinho de mel

Colhido naquela hora

Da flor do maracujá.

XX

Jogar milho no terreiro

Atrai pardal e rolinhas

E tantos outros passarinhos

Como o canário e as andorinhas.

XX





Irá Rodrigues
Santo Estevão - BA – Brasil

http://iraazevedo.blogspot.com.br/



quinta-feira, 1 de junho de 2023

CORDEL- AGONIA DA MINHOCA


A minhoca Esmeralda
Foi passear na praça
Subiu pelos passeios
Achou muito sem graça
Não encontrando terra
Começou fazer pirraça.

Se enfiou num vaso de flores
E começou aquela agonia
Sem conseguir escapar
Pediu a formiga pra ser guia
Levou tantas ferroadas
De dor a pobre só gemia.

Lutando consegui sair
De longe viu uma galinha
Pense na tremedeira
Da pobre minhoquinha
Se a esfomeada lhe pega
Vai virar uma sopinha.

De medo a pobre tremia
Queria terra pra se enfiar
Cavaria um grande túnel
Até sua casa encontrar
E quando estivesse segura
Nunca mais queria voltar.

A chuva de repente caiu
A minhoquinha se alegrou
Correu, saiu da calçada
No solo fresco se enfiou
Até hoje não se sabe
Onde o túnel lhe levou.

Irá Rodrigues.
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