terça-feira, 7 de junho de 2016

ZEZINHO





Não gostava de estudar
Nem sapato calçava
Passava o dia inteiro
Fingindo ser fazendeiro...

Era só o Sol raiar
E lá andava Zezinho
As suas cabritas levar
Para nas montanhas pastar...

Os dias passavam
E Zezinho nada queria
Só saia de casa
Para cuidar do rebanho
Nem ao menos tomava banho...

Já tinha cheiro de bode
Passava e todos gritavam
Já vai Zezinho fedorento
Cheiro de bode nojento...

Mas um dia já um moço
Resolveu se cuidar
Passou o dia no riacho
Aquele banho tomar...

Cortou cabelo fez barba
Roupa nova colocou
Sapato no pé engraxado
Ficou um moço apanhado...

E a noite foi na festa
Na pracinha da cidade
As moças cochichavam
Outras se beliscavam...

Todas queriam atenção
Daquele belo moço
Elegante e perfumado
queria mesmo como namorado...

E Zezinho ria de todas
Das que sempre lhe maltratava
Agora ele sabia
O que cada uma achava
e não mais se enganava...



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